Karatê
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Katas Shotokan
- HEIAN SHODAN - PAZ(hei) e TRANQUILIDADE(an) - Primeiro
- HEIAN NIDAN - PAZ e TRANQUILIDADE - Segundo
- HEIAN SANDAN - PAZ e TRANQUILIDADE - Terceiro
- HEIAN YONDAN - PAZ e TRANQUILIDADE - Quarto
- HEIAN GODAN - PAZ e TRANQUILIDADE - Quinto
- TEKKI SHODAN - CAVALEIRO de FERRO (tetsu=ferro, Ki=cavaleiro) - Primeiro
- TEKKI NIDAN - CAVALEIRO de FERRO - Segundo
- TEKKI SANDAN - CAVALEIRO de FERRO - Terceiro
- BASSAI DAÌ - ROMPER a FORTALEZA - Longo
- KANKU DAÍ - CONTEMPLAR o CÉU (Kan=olhar,ku=nada,vazio, céu) - Longo
- jutte/JITTE - DEZ MÃOS (ju-dez,te=mão)
- HANGETSU - MEIA LUA (han=metade, meio, guetsu=lua)
- ENPI - VÔO da ANDORINHA (en=pássaro, pi=vôo)
- GANKAKU - GROU SOBRE a ROCHA (gan=rocha, kaku=a garça sobre)
- JION - AMOR e GRATIDÃO (ji=amor universal, delicado, gentil; on=amor, benevolência, bondade)
- BASSAI SHO - ROMPER A FORTALEZA - Curto
- KANKU SHO - CONTEMPLAR o CÉU - Curto
- CHINTE - MÃOS ESTRANHAS (chin=estranho, esquisito, te=mão)
- UNSU - MÃOS DE NUVENS (un=nuvem, su=mão)
- SOCHIN - PAZ INABALÁVEL (so=robusto, vigor, enérgico, chin=suprimir, ficar calmo)
- NIJUSHIHO - 24 PASSOS/MOVIMENTOS
- GOJUSHIHO DAÍ - 54 PASSOS - Longo
- GOJUSHIHO SHO - 54 PASSOS - Curto
- MEIKIO - ESPELHO LIMPO (mei=claro,kyo=espelho)
- JIIN - AMOR PROTECÇÃO (ji=amor universal, delicado, gentil, in=sombra)
- WANKAN - COROAÇÃO DO REI (wan=rei, Kan=corvo)
Continuação Kumitê
Kihon kumite
Constitui o caminho usual para iniciar-se no domínio do kumite.As diferentes formas de realização é preciso contemplá-las por separado e adaptá-las às intenções didáticas mais adequadas a sua estrutura.
Gohon kumite
Enfrentados por casais, atacante e defensor dão cinco passos consecutivos, o um avançando e o outro retrocedendo. Os movimentos de ambos, ao igual que o único nível de ataque, estão estabelecidos de antemão, o mesmo que o contra-ataque, que se realiza ao finalizar. As ações técnicas devem mostrar uma perfeita forma de execução unida à força e precisão necessárias.
Sanbon kumite
Com desenvolvimento similar ao anterior, realiza-se dando três passos consecutivos. É conveniente como elemento de progressão que uno ou ambos dos componentes varie tanto as técnicas como os níveis de execução das ações.
Nihon kumite
-Com estrutura parecida aos dois anteriores, está formado por dois ataques lineares consecutivos, realizados em dois passos. Tanto os ataques desenvolvidos, como os níveis a que se efetuam podem variar, realizando-se ao final o correspondente contraataque.Os movimentos se realizam aumentando a velocidade tentando desenvolver o sentido do encadeamento, aumentando a fluidez nos deslocamentos e a utilização controlada da inércia nos ataques, aos quais deve adaptar-se o defensor, tentando não ser extravasado conseguindo a devida firmeza posicional e a distância adequada para realizar o contra-ataque.
Ippon kumite
A um só ataque, realizado num único passo, as ações de defesa e contraataque devem ser coordenadas e cada vez mais velozes. O alvo que se trata de atingir fica determinado de antemão e os dois oponentes se alternam na realização das técnicas de ataque e defesa, com o objetivo de aprender a fazer uso de ambas técnicas e adquirir a distância adequada.
Jiyu ippon kumite
Constitui uma variante evoluída do ippon kumite. Os objetivos deste tipo de treinamento são adquirir o sentido da distância, parar, atacar, conhecer os movimentos do corpo e o deslocamento do centro de gravidade e lançar a ação definitiva. Um dos oponentes, depois de anunciar o objetivo que pretende atingir, lançará um ataque repentino com grande vigor e a máxima velocidade. O defensor parará e contraatacará. Este sistema de treinamento é a fase prévia preparatória para o jiyu kumite.
Rensoku ippon kumite
Realizado a um só passo o ataque se desenvolve por meio de duas técnicas consecutivas, as quais devem ser interceptadas pelo defensor, dentro igualmente de um único deslocamento, antes de efetuar o contra-ataque. Tanto as técnicas de ataque como seus níveis estão estabelecidos de antemão, podendo variar as defesas e os contra-ataques efetuados.
Yakushoku kumite
Constitui uma das variantes mais complexas e formalistas do kihon kumite. Dentro de um número mais ou menos amplo, mas consecutivo, as ações se acham estabelecidas de antemão e regidas pela observância da forma técnica. Em seu desenvolvimento, os ataques e defesas mútuos se vão sucedendo ininterruptamente, estabelecendo um completo curso de ensino com respeito a oportunidades, deslocamentos e resolução de possíveis situações dadas num combate real. Tudo isso forma em seu conjunto uma modalidade próxima aos bunkai dos katas, requerendo seu domínio um profundo conhecimento dinâmico do karate-do.
Constitui o caminho usual para iniciar-se no domínio do kumite.As diferentes formas de realização é preciso contemplá-las por separado e adaptá-las às intenções didáticas mais adequadas a sua estrutura.
Gohon kumite
Enfrentados por casais, atacante e defensor dão cinco passos consecutivos, o um avançando e o outro retrocedendo. Os movimentos de ambos, ao igual que o único nível de ataque, estão estabelecidos de antemão, o mesmo que o contra-ataque, que se realiza ao finalizar. As ações técnicas devem mostrar uma perfeita forma de execução unida à força e precisão necessárias.
Sanbon kumite
Com desenvolvimento similar ao anterior, realiza-se dando três passos consecutivos. É conveniente como elemento de progressão que uno ou ambos dos componentes varie tanto as técnicas como os níveis de execução das ações.
Nihon kumite
-Com estrutura parecida aos dois anteriores, está formado por dois ataques lineares consecutivos, realizados em dois passos. Tanto os ataques desenvolvidos, como os níveis a que se efetuam podem variar, realizando-se ao final o correspondente contraataque.Os movimentos se realizam aumentando a velocidade tentando desenvolver o sentido do encadeamento, aumentando a fluidez nos deslocamentos e a utilização controlada da inércia nos ataques, aos quais deve adaptar-se o defensor, tentando não ser extravasado conseguindo a devida firmeza posicional e a distância adequada para realizar o contra-ataque.
Ippon kumite
A um só ataque, realizado num único passo, as ações de defesa e contraataque devem ser coordenadas e cada vez mais velozes. O alvo que se trata de atingir fica determinado de antemão e os dois oponentes se alternam na realização das técnicas de ataque e defesa, com o objetivo de aprender a fazer uso de ambas técnicas e adquirir a distância adequada.
Jiyu ippon kumite
Constitui uma variante evoluída do ippon kumite. Os objetivos deste tipo de treinamento são adquirir o sentido da distância, parar, atacar, conhecer os movimentos do corpo e o deslocamento do centro de gravidade e lançar a ação definitiva. Um dos oponentes, depois de anunciar o objetivo que pretende atingir, lançará um ataque repentino com grande vigor e a máxima velocidade. O defensor parará e contraatacará. Este sistema de treinamento é a fase prévia preparatória para o jiyu kumite.
Rensoku ippon kumite
Realizado a um só passo o ataque se desenvolve por meio de duas técnicas consecutivas, as quais devem ser interceptadas pelo defensor, dentro igualmente de um único deslocamento, antes de efetuar o contra-ataque. Tanto as técnicas de ataque como seus níveis estão estabelecidos de antemão, podendo variar as defesas e os contra-ataques efetuados.
Yakushoku kumite
Constitui uma das variantes mais complexas e formalistas do kihon kumite. Dentro de um número mais ou menos amplo, mas consecutivo, as ações se acham estabelecidas de antemão e regidas pela observância da forma técnica. Em seu desenvolvimento, os ataques e defesas mútuos se vão sucedendo ininterruptamente, estabelecendo um completo curso de ensino com respeito a oportunidades, deslocamentos e resolução de possíveis situações dadas num combate real. Tudo isso forma em seu conjunto uma modalidade próxima aos bunkai dos katas, requerendo seu domínio um profundo conhecimento dinâmico do karate-do.
Kumitê
KUMITÊ
O Kumite é a arte da luta propriamente dita. Mas as modalidades de kumite podem ser bastante diferenciadas.
Jiu-ipon-kumite
É bastante parecido com o kihon (luta combinada), com anunciação do golpe, mas com a diferença, do atacante poder se movimentar livremente, e a escolha do angulo de ataque. Tentando dessa forma minar a defessa do oponente.
Dessa forma o defensor se posiciona de forma a assimilar melhor o golpe e ter chance de poder desferir um contra ataque.
Tanto o golpe, quanto o contragolpe, devem ser desferidos de forma a definir a luta com esse golpe. Ou seja a concentração e o kime (força e agilidade) são utilizados, como se fosse a única chance de se ganhar esse combate, com precisão e potência.
Jiu-kumite sem força
Também conhecido como sombra, é uma modalidade mais livre de combate, sem a anunciação do golpe desferido, porem com o cuidado de encaixar os golpes, sem que os mesmos entrem em contato direto com o corpo do oponente.
O combate poderá ser orientado tanto para treinamento de ataque, quanto de defesa, sendo que bons reflexos são exigidos para esse tipo de treinamento.
Esse tipo de treinamento tem como objetivo, desinibir o atleta, bem como desenvolver sua alto confiança, sem que aconteçam maiores contatos físicos para isso.
Jiu-kumite com força
Luta em estilo livre, estilo competição, com golpes firmes e fortes, demonstrando kime e riquiashi (puxada rápida), para que o golpe tenha validade.
Essa modalidade de kumite, exige o máximo de concentração e auto controle, afim de que acidentes sejam evitados.
Shiai-Kumite
Ou kumite competição, é a luta pela conquista de pontos, conforme o regulamento do karatê competição. Consiste em dois atletas, tentando desferir o golpe perfeito, porem freando o golpe suficientemente próximo ao alvo.
A PALAVRA OSS
A palavra OSS é comprendida, trocada e praticada no seio de todos os numerosos praticantes de Karate de todos os estados e de centenas de nacionalidades pelo mundo afora, não somente nas ocasiões de encontros cotidianos, mas também para substituir as expressões tais como: Muito obrigado, Prazer, Até logo, Ouvi, Compreendi, etc.
A palavra OSS, entretanto deve ser emitida de forma gutural, com o som saindo desde o baixo ventre (tanden para os japoneses e tantien para os chineses) e ser acompanhada de uma saudação apropriada (inclinação de cabeça, quanto mais respeito mais inclinado deve estar o corpo e mais tempo para levantá-lo), que denote respeito, simpatía e confiança ao próximo.
A palavra OSS como transcrição fonética é escrita através de dois caracteres chineses.
O primeiro caracter, significa literalmente "pressionar", simbolizando, deste modo o espírito combativo do praticante de Karate, a importância do esforço a ser efetuado durante as várias horas de treino, a capacidade de poder encarar e superar todos os obstáculos surgidos ao longo do caminho, sempre com uma atitude positiva e imutável.
O segundo caracter, significa sofrer ou sofrimento, exprime a coragem e o espírito de perseveraça; a capacidade de suportar as dores e resistir os momentos de dificuldade, desalento e derrota, sempre mantendo uma paciência monástica, porém sem a menor intenção de parar de treinar.
A energia física e mental da juventude nos propicia condições para afrontar todas as provações, entretanto ao passar dos anos, somente a manutenção dessa energia nos proporciona energia suficiente para a vida, essa energia deve ser mantidas e desenvolvidas somente por um esforço cotidiano perseverante.
O talento não tem nenhum valor sem o trabalho.
A expressão OSS chama todos ao esforço máximo para que eles tomem uma resolução, se comuniquem e se encoragem mutuamente.
Quando ela foi empregada pela primeira vez, entre alunos da Escola Naval Japonesa, já evocava seus princípios.
A palavra OSS não deve ser pronunciada levianamente.
Desde já reexamine sua atitude, postura, estado de espírito, maneira de pronunciar e sua harmonia.
O busto se declina sempre mantendo o tronco reto, queixo retraído.
O movimento, a respiração e a articulaçao assim executada contribuem para preencher o baixo ventre com o Ki e a força.
De acordo com principios do Yin e do Yang, quando se emite a palavra OSS, a respiração é Yin e o som è Yang.
Os Taoistas acreditam que a respiração e a repetição de algumas palavras efetuadas de forma gutural capacitam atingir a harmonia com o universo.
As duas polaridades Yin e Yang formam todo o universo e se a palavra OSS representa essa dualidade, a palavra OSS é na verdade o hálito do mundo, a representação de sua energia.
Nunca falem a palavra OSS de qualquer maneira, orgulhen-se da arte que praticam, falem OSS sempre com dignidade e respeito, poucas (ou nenhuma) são as artes marciais que tem essa representação, orgulhemo-nos disso.
A PRÁTICA DO KATA
1. Realizar com o máximo de atenção e foco, sempre levando em conta que a menor distração representa a vida ou a morte.
2. Deve-se estabelecer uma perfeita sincronização entre a respiração diafragmática e o movimento. Quando movimentar, inspire. Ao finalizar o movimento, expire, mas conservando cerca de 70% do ar.
3. Para haver uma respiração diafragmática, a coluna deve estar alinhada e paralela ao estômago.
4. Deve-se perceber o som da respiração juntamente com as sensações corporais, isto amplia o nosso nível de percepção.
5. Estabelecer uma relação harmoniosa entre os movimentos suaves e duros, ou seja, o corpo deve apresentar a flexibilidade de um bambu que se curva frente a uma ventania, mas que volta a sua posição original quando ela passa. Isto exige a execução do trabalho de contração muscular constante, mas flexível em alguns pontos e grupos musculares, como; o deltóide, trapézio, grande dorsal, dentados e peitorais.
6. Uma opinião pessoal, tendo como referência os katas do estilo Shotokan: pratique diariamente, incluindo sempre uma rodada dos katas básicos antes de praticar os katas avançados. O ideal é que se dedique em cada treino no mínimo a vinte e oito execuções dos katas divididos em séries. Por exemplo, uma série com os cinco heians e dois katas superiores, o que equivaleria em média a um treinamento com cerca de uma hora de duração realizado em quatro séries com intervalos breves para a recuperação.
Segundo alguns Mestres, é necessário no mínimo de três anos de prática ininterrupta para se dominar o kata. Tal como aconteceu com Mestre Finakoshi que a ele era passado um kata a cada três anos pelo seu mestre Itosu.
Não se iluda, o segredo para o domínio e evolução da técnica são três: treinar, treinar e treinar.
Dojo um local sagrado
Dojo é o recinto adequado em que se pratica o Karate e qualquer outra Arte Marcial japonesa. Significa local de aprimoramento do ser humano na busca da unidade do corpo, da mente e do espírito. Herrigel, no seu livro A Arte cavalheiresca do arqueiro zen, o descreveu como “Lugar de Iluminação”.
Neste ambiente, uma das paredes é considerada a parte nobre -o kamiza- destinada aos quadros do Mestre ou dos Mestres. E é voltado nesta direção, que no inicio e no término das aulas, sentados no modo japonês (seiza), nos inclinamos conjuntamente em atitude de reverência.
A primeira saudação é realizada sob o comando da palavra shomeini-rei, todos se curvam como reconhecimento da importância e a grandeza dos mestres que através da sua dedicação tornou-se possível que o karate se mantivesse até os dias de hoje. Em seguida, os alunos dirigem a reverencia ao Sensei (professor), para isto é dito senseini-rei.
Este procedimento faz parte da tradição marcial japonesa que preza muito a etiqueta. Mestre Funakoshi afirmava que o Karate-Do inicia e termina com a saudação. Nesta afirmação está implícita a questão do respeito, da cortesia, da delicadeza, da lealdade, da ética, indispensáveis à boa formação do caráter do ser humano.
A importância da saudação
Levando-se em conta o Dojo como um local sagrado, a saudação proporciona ao karateca um treinamento livre das distrações, e o mais importante, tendo a percepção e o domínio dos sentimentos e emoções que interferem no seu desenvolvimento como a preguiça, o desânimo, a inconstância, a impaciência e a arrogância. A saudação não pode ser feita destituída de uma consciência profunda do significado real, senão torna-se algo mecânico, rígido, uma mera formalidade.
Mas o mais importante, uma vez que a prática do Karate proporciona o aumento da autoconfiança, é que através da saudação, o indivíduo reforça o sentimento de respeito ao outro ser humano, contendo de forma consciente atos de violência, tão comum na sociedade dos tempos atuais.
Vemos, então que a saudação interfere profundamente na psique do indivíduo. A maneira como a pessoa reverencia traz a informação de como é a sua personalidade: impaciente, agressiva, tímida, agitada, serena, desleixada, responsável etc.
A forma e as finalidades das saudações
A saudação, além das características citadas, deve ser realizada a partir de uma sincronização entre a respiração e o gesto. Assim, recomenda-se no instante anterior ao da saudação, inspirar. E o tronco ao se curvar para frente, expirar. No momento em que o tronco retorna à vertical inspira-se novamente, podendo a expiração seguinte servir para a execução imediata de uma técnica, seja de ataque ou de defesa. A descrição respiratória é válida tanto para a saudação em pé ou sentada.
Existem varias formas e finalidades na saudação. Existe aquela em que saudamos a nós mesmos, no sentido de conectarmos mentalmente com nós mesmos, despertando o nosso mestre interior. Outra, quando adentramos ao Dojo, reconhecendo o espaço sagrado do lugar.
Shotokan
Símbolo do Karate Shotokan(Torao)
Foi criado pelo Mestre Gishin Funakoshi, embora nunca tenha dito que fosse o seu estilo. Mestre Funakoshi não compactuava com a idéia de que o Karate fosse dividido em estilos, o que acreditava sim é que o método de ensino fosse diferente de professor para professor.
Quanto à terminologia Shotokan, Shoto era o pseudônimo que o Mestre assinava em seus poemas, significa pinheiros ondulando ao vento e Kan significa casa, edifício. Surgiu quando os alunos construíram um Dojo, local de treinamento, e para homenagear o Mestre, deram o nome de Shotokan( a casa de Shoto).
O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes, predominância de movimentos de mão e chutes no máximo até o peito. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dá fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa.
O treinamento segue rigorosamente os três fundamentos, que são a prática do Kata, do Kihon e do Kumite.
Kata significa forma, e somam-se 26 ao todo no estilo Shotokan.
Kihon é a prática dos fundamentos que compõe os golpes, as defesas e as posturas.
Kumite é o treinamento em duplas visando a prática do combate. Incluem-se os movimentos de ataques e defesas combinados do Sanbon Kumite, do Ipon kumite e do jyu ipon kumite, e o jyu kumite, o combate livre.
No estilo Shotokan prioriza-se muito a prática e o estudo do Kata por considerá-lo a síntese da Arte, e é onde realmente o Karateca aperfeiçoa-se em todos os sentidos, na mente, no corpo e no espírito. Infelizmente, poucos são àqueles que se encorajam a dedicar-se ao estudo do kata, talvez, por se tratar de uma prática solitária.
NIJU KUN
Quando você lê o Kun (mandamentos) você provavelmente notará algo. Cada linha começa com primeiro, porque ? Por que não segundo, terceiro, quarto e quinto ? O mestre Funakoshi entendia que nenhum item do Kun fosse mais importante do que o outro. Por isso, cada item foi numerado como sendo o primeiro. |
NIJU KUN Os 20 ensinamentos do Mestre Funakoshi |
HITOTSU - KARATEDO WA REI NI HAJIMARI REI NI OWARU KOTO WO WASURUNA Não se esqueça que o Karatê deve iniciar com saudação e terminar com saudação. HITOTSU - KARATE NI SENTE NASHI No Karatê não existe atitude ofensiva. HITOTSU - KARATE WA GI NO TASUKE O Karatê é um assistente da justiça. HITOTSU - MAZU JIKO WO SHIRE SHIKOSHITE TAO WO SHIRE Conheça a si próprio antes de julgar os outros. HITOTSU - GIJUTSU YORI SHINJUTSU O espírito é mais importante do que a técnica. HITOTSU - KOKORO WA HANATAN WO YOSU Evitar o descontrole do equilíbrio mental. HITOTSU - WAZAWAI WA GETAI NI SHOZU Os infortúnios são causados pela negligência. HITOTSU - DOJO NO MI NO KARATE TO OMOUNA Karatê não se limita apenas à academia. HITOTSU - KARATE NO SHUGYO WA ISSHO DE ARU O aprendizado do Karatê deve ser perseguido durante toda a vida. HITOTSU - ARAI YURU MONO WO KARATEKA SEYO SOKO NI MYOMI ARI O Karatê dará frutos quando associado à vida cotidiana. HITOTSU - KARATE WA YU NO GOTOSHI TAEZU NETSUDO WO ATAEZAREBA MOTO NO MIZU NI KAERU O Karatê é como água quente. Se não receber calor constantemente torna-se água fria. HITOTSU - KATSU KANGAE WA MOTSUNA MAKENU KANGAE WA HITSUYO Não pense em vencer, pense em não ser vencido. HITOTSU - TEKI NI YOTTE TENKA SEYO Mude de atitude conforme o adversário. HITOTSU - TATAKAI WA KYOJITSU NO SOJU IKAN NI ARI A luta depende do manejo dos pontos fracos (KYO) e fortes (JITSU). HITOTSU - HITO NO TEASHI WO KEN TO OMOU Imagine que os membros de seus adversários são como espadas. HITOTSU - DANSHIMON WO IZUREBA HYAKUMAN NO TEKI ARI Para cada homem que sai do seu portão, existem milhões de adversários. HITOTSU - KAMAE WA SHOSHINSHA NI ATO WA SHIZENTAI No início seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais. HITOTSU - KATA WA TADASHIKU JISSEN WA BETSUMONO A prática de fundamentos deve ser correta, porém na aplicação torna-se diferente. HITOTSU - CHIKARA NO KYOJAKU KARADA NO KANKYU WAZA NO SHINSHUKU WO WASURUNA Não se esqueça de aplicar corretamente: alta e baixa intensidade de força, expansão e contração corporal, técnicas lentas e rápidas. HITOTSU - TSUNE NI SHINEN KUFU SEYO Estudar, praticar e aperfeiçoar-se sempre. |
DOJOKUN
Sensei Funakoshi deixou-nos muitos pensamentos que espelham a filosofia do Karatê e suas técnicas, bem como a sabedoria oriental. Além disso, deixou-nos dois importantes caminhos que levam à uma vida harmoniosa, são eles o "DOJOKUN" e o "NIJUKUN" que são os lemas do Karatê, os quais devem ser seguidos por todos os praticantes do Karatê. | |
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HISTÓRIA DO MESTRE GICHIN FUNAKOSHI
A história do Mestre Gichin Funakoshi confunde-se com a própria história do Karate, por isso a ele é creditado o título de "Pai do Karate Moderno", devido aos seus esforços em divulgar esta arte ao mundo e torná-la acessível a todos.
Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em 1868, o mesmo ano da Restauração Meiji.
Funakoshi era filho único, e logo após o seu nascimento foi levado para casa dos seus avós maternos, com quem foi educado e aprendeu poesias clássicas chinesas. Algum tempo depois começou a frequentar a escola primária, onde conheceu outro miúdo de quem ficou muito amigo. Esse miúdo era filho de Yasutsune Azato, um dois maiores especialistas de Okinawa na arte do Karate, e membro de uma das mais respeitadas famílias. Logo Funakoshi começou a ter as suas primeiras lições de Karate.
Como na época a prática de artes marciais era proibida em Okinawa, os treinos eram realizados à noite, no quintal da casa do Mestre Azato. Lá ele aprendia a bater e a mover-se conforme os métodos praticados naqueles dias. O treino era muito rigoroso. Mestre Azato tinha uma filosofia de treino que se chamava "Hito Kata San Nen", ou seja, "um Kata em três anos". Funakoshi estudava cada Kata a fundo, e então, quando autorizado pelo seu mestre, seguia para o próximo...
Enquanto praticava no quintal de Azato com outros jovens, outro gigante do Karate, Mestre Itosu, amigo de Azato, aparecia e observava-os fazendo Katas, tecendo comentários sobre as suas técnicas. Era uma rotina dura que terminava sempre de madrugada sob a disciplina rígida do mestre Azato, do qual o melhor elogio se limitava a uma única palavra: "Bom!". Após os treinos, já quase ao amanhecer, Azato falava sobre a essência do Karate.
Após vários anos, a prática do Karate deu uma grande contribuição para a saúde de Funakoshi, que fora uma criança muito frágil e doentia. Ele gostava muito do Karate, mas como não pensava que pudesse fazer dele uma profissão, inscreveu-se e foi aceite como professor de uma escola primária, em 1888, aos 21 anos, aproveitando toda a sua cultura adquirida desde a infância.
No começo do século XX (em 1902), durante a visita de Shintaro Ogawa, que era então inspector escolar de Kagoshima, à escola de Funakoshi em Okinawa, foi feita uma demonstração de Karate. Funakoshi impressionou bastante devido ao seu status de educador. Ogawa ficou tão entusiasmado que escreveu um relatório ao Ministério da Educação elogiando as virtudes da arte. Foi então que o treino de Karate passou a ser oficialmente autorizado nas escolas. Até aí o Karate só era praticado atrás de portas fechadas, mas isso não significava que fosse um "segredo".
Contra os pedidos de muitos dos mestres mais antigos de Karate, que eram a favor de manter tudo em segredo, Funakoshi trouxe o Karate, com a ajuda de Itosu, até o sistema de escolas públicas. Logo, as crianças na escola estavam a aprender Katas como parte das aulas de Educação Física. A redescoberta da herança étnica em Okinawa era moda, então as aulas de Karate em Okinawa eram vistas como uma coisa gira.
Alguns anos depois, o Almirante Rokuro Yashiro (na época Capitão) assistiu a uma demonstração de Kata. Essa demonstração foi feita por Funakoshi junto com uma equipa composta pelos seus melhores alunos. Enquanto ele narrava, os outros executavam Katas, partiam telhas, e geralmente chegavam ao limite dos seus pequenos corpos. Funakoshi sempre enfatizava o desenvolvimento do carácter e auto-disciplina nas suas narrações durante essas demonstrações. Quando ele participava, gostava de executar a Kata Kanku Dai, a maior do Karate, e talvez a mais representativa. Yashiro ficou tão impressionado que ordenou a seus homens que iniciassem a aprendizagem da arte.
Em 1912, a Primeira Esquadra Imperial da Marinha ancorou na Baía de Chujo, sob o comando do Almirante Dewa, que seleccionou doze homens da sua tripulação para estudarem Karate durante uma semana.
Foi graças a esses dois oficiais que o Karate começou a ser comentado em Tokyo. Os japoneses que viam essas demonstrações levavam as histórias sobre o Karate consigo quando voltavam ao Japão. Pela primeira vez na sua história, o Japão via algo na sua pequena possessão de Okinawa além de praias bonitas e o ar puro.
Em 1921, o então Príncipe Herdeiro Hirohito, em viagem para a Europa, fez escala em Okinawa e assistiu uma demonstração de Karate, liderada por Funakoshi, e ficou muito impressionado. Por causa disso, no final desse mesmo ano, Funakoshi foi convidado para fazer uma demonstração de Karate em Tokyo, numa Exibição Atlética Nacional. Ele aceitou imediatamente, acreditando ser esta uma óptima oportunidade para divulgar a arte. A sua demonstração de Kata foi um sucesso.
Ele pretendia regressar logo para Okinawa mas, depois da exibição, Funakoshi foi cercado por pedidos para ficar no Japão a ensinar Karate. Uma das pessoas que pediu para que ele ficasse foi Jigoro Kano, o fundador do Judo e presidente do Instituto Kodokan. Funakoshi resolveu ficar mais alguns dias para fazer demonstrações técnicas no próprio Kodokan.
Algum tempo depois, quando se preparava novamente para retornar a Okinawa, foi visitado pelo pintor Hoan Kosugi, que já tinha assistido a uma demonstração de Karate em Okinawa e pediu que lhe ensinasse a arte. Mais uma vez a sua volta foi adiada.
Funakoshi percebeu então que se ele quisesse ver o Karate propagado por todo o Japão ele mesmo teria que fazê-lo. Por isso resolveu ficar em Tokyo até que sua missão fosse cumprida.
No Japão, Funakoshi foi ajudado por Jigoro Kano, o homem que reuniu tantos estilos diferentes de Ju Jutsu para fundar o Judo. Kano tornou-se amigo íntimo de Funakoshi, e sem a sua ajuda nunca teria havido Karate no Japão. Kano apresentou-o às pessoas certas, levou-o às festas certas, caminhou com ele através dos círculos sociais da elite japonesa. Mais tarde, naquele ano, as classes mais altas dos japoneses convenceram-se do valor do treino do Karate.
Funakoshi fundou um Dojo de Karate num dormitório para estudantes de Okinawa, em Meisei Juku. Trabalhou como jardineiro e empregado de limpeza para poder alimentar-se enquanto ensinava Karate à noite.
Em 1922, a pedido de Hoan Kosugi, publicou o seu primeiro livro: "Ryukyu Kenpo Karate", um tratado nos propósitos e prática do Karate. Na introdução do livro ele já dizia que "...a pena e a espada são inseparáveis como duas rodas de uma carroça". O grande terramoto de Kanto a 1 de Setembro de 1923 destruiu as placas de seu livro, e levou alguns de seus alunos com ele. Este livro teve grande popularidade e foi revisto e reeditado quatro anos após o seu lançamento, com o título alterado para: "Rentan Goshin Karate Jutsu".
Em 1925, Funakoshi começou a angariar alunos dos vários colégios e universidades na área Metropolitana de Tokyo e, nos anos seguintes, esses alunos começaram a fundar os seus próprios clubes e a ensinar Karate a estudantes destas escolas. Como resultado, o Karate começou a espalhar-se por Tokyo. No início da década de 30 haviam clubes de Karate em cada universidade de prestígio de Tokyo. Mas por que conseguia Funakoshi tantos jovens interessados em Karate desta vez? O Japão estava em Guerra de Colonização na Bacia do Pacífico. Invadiram e conquistaram a Coreia, Manchúria, China, Vietname, Polinésia, e outras áreas. Jovens a ponto de irem para a guerra iam a Funakoshi para aprender a lutar, assim poderiam sobreviver ao recrutamento nas Forças Armadas Japonesas. O seu número de alunos aumentou bastante.
Por volta de 1933, Funakoshi desenvolveu exercícios básicos para a prática das técnicas em duplas. Tanto o ataque de cinco passos (Gohon Kumite) como o de um (Ippon Kumite) foram usados. Em 1934, um método de praticar esses ataques e defesas com colegas de um modo levemente mais irrestrito, semi-livre (Ju Ippon Kumite), foi adicionado ao treino. Finalmente, em 1935, um estudo de métodos de luta livre (Ju Kumite) com oponentes finalmente tinha começado. Até então, todo o Karate treinado em Okinawa era composto basicamente de Kata. Agora, os alunos poderiam experimentar as técnicas dos Katas uns com os outros sem causar danos sérios.
Neste mesmo ano de 1935, foi publicado seu próximo livro: "Karate-Do Kyohan". Este livro trata basicamente dos Katas.
Funakoshi era Taoísta, e ensinava Clássicos Chineses, como o Tao Te Ching de Lao Tzu, enquanto vivia em Okinawa. Funakoshi era profundamente religioso. Tinha muito medo de que o Karate se tornasse um instrumento de destruição, e provavelmente queria eliminar do treino algumas aplicações mortais dos Katas. Então, ele parou de fazer essas aplicações. Também começou a desenvolver estilos de luta que fossem menos perigosos. Funakoshi teve sucesso ao remover do Karate técnicas de quebra de ossos, dedos nos olhos, chaves ao cotovelo, esmagamento de testículos, criando um novo mundo de desafios e luta em equipe onde somente umas poucas técnicas seriam legais. Ele fez isso baseado nos seus propósitos e com total conhecimento dos resultados.
Em 1936, Funakoshi mudou os caracteres Kanji utilizados para escrever a palavra Karate. O caracter "Kara" significava "China", e o caracter "Te" significava "Mão". Para popularizar mais a arte no Japão, ele mudou o caracter "Kara" por outro, que significa "Vazio". De "Mãos Chinesas" o Karate passou a significar "Mãos Vazias", e como os dois caracteres são lidos exactamente da mesma maneira, então a pronúncia da palavra continuou a mesma. Além disso, Funakoshi defendia que o termo "Mãos Vazias" seria o mais apropriado, pois representa não só o facto de o Karate ser um método de defesa sem armas, mas também representa o espírito do Karate, que é esvaziar o corpo de todos os desejos e vaidades terrenos. Com essa mudança, Funakoshi iniciou um trabalho de revisão e simplificação, que também passou pelos nomes dos Katas, pois ele também acreditava que os japoneses não dariam muita atenção por qualquer coisa que tivesse a ver com o dialecto do interior de Okinawa. Ele estava certo, e o número de praticantes cresceu ainda mais.
Funakoshi tinha 71 anos em 1939, e foi quando ele deu o primeiro passo dentro de um Dojo de Karate em 29 de Janeiro. O prédio foi feito de doações particulares, e uma placa foi pendurada sobre a entrada e dizia: "Shotokan". "Sho" significa pinheiro. "To" significa ondas ou o som que as árvores fazem quando o vento bate nelas. "Kan" significa edificação ou salão. "Shoto" era o pseudónimo que Funakoshi usava para assinar as suas caligrafias quando jovem, pois quando ele ia escrevê-las recolhia-se num lugar mais afastado, onde pudesse buscar inspiração, ouvindo apenas o barulho do pinheiros ondulando ao vento. Esse nome dado ao Shotokan Karate Dojo foi uma homenagem de seus alunos.
A necessidade de um treino nas artes militares estava em crescimento. Os jovens amontoavam-se no Dojo, vindos de todas as partes do Japão. O Karate foi nessa onda de militarismo e estava a desfrutar de uma aceitação acelerada como resultado.
Finalmente o Japão cometeu um grande erro. O bombardeio das forças navais americanas em Pearl Harbor a 7 de Dezembro de 1941 foi algo além da conta. Infelizmente, o pequeno Japão não tinha os recursos, força humana, ou a capacidade industrial dos Estados Unidos. Com grande facilidade os americanos destruíram completamente os japoneses na Ásia e no Pacífico.
Uma das vítimas dos ataques aéreos foi o Shotokan Karate Dojo. Com a América a exercer pressão em Okinawa, a esposa de Funakoshi finalmente deixou a ilha e juntou-se a ele em Kyushu no Sul do Japão. Eles ficaram lá até 1947.
A era dourada do Karate em Okinawa tinha acabado. Todas as artes militares haviam sido banidas rapidamente pelas forças ocupantes americanas.
Primeiro uma, depois outra bomba atómica explodiram sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Três dias depois, bombardeiros americanos sobrevoaram Tokyo em tal quantidade que chegaram a cobrir o Sol. Tokyo foi bombardeada com dispositivos incendiários. Descobrindo que o governo do Japão estava a ponto de cometer um suicídio virtual sobre a imagem do Imperador, cartas secretas foram passadas para os japoneses a garantir a sua segurança se eles assinassem uma "rendição incondicional". O Japão estava acabado, a Guerra do Pacífico também, mas o pesadelo de Funakoshi ainda havia de acabar.
Então, Gigo (também conhecido como Yoshitaka, dependendo como se pronunciava os caracteres do seu nome), filho de Funakoshi, um promissor jovem mestre de Karate no seu próprio direito, aquele que Funakoshi estava a contar para o substituir como instrutor do Shotokan, apanhou tuberculose em 1945 e morreu enquanto teimosamente se recusou a comer a ração americana dada ao povo faminto.
Funakoshi e a sua esposa tentaram viver em Kyushu, uma área predominantemente rural, sob a ocupação americana no Japão. Mas, em 1947, ela morre, deixando Funakoshi regressar a Tokyo para reencontrar os seus alunos de Karate que ainda viviam. Depois da guerra as artes militares haviam sido completamente banidas. Entretanto, alguns dos alunos de Funakoshi tiveram sucesso em convencer as autoridades que o Karate era um desporto inofensivo. As autoridades americanas concederam, mais por que naquela época não tinham ideia do que o Karate fosse. Também, alguns homens estavam interessados em aprender as artes militares secretas do Japão e as proibições foram eliminadas completamente em 1948.
Em Maio de 1949, os alunos de Funakoshi moveram-se para organizar todos os clubes de Karate universitários e privados numa simples organização, a que chamaram de Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate). Eles nomearam Funakoshi seu instrutor chefe. Em 1955, um dos alunos de Funakoshi consegue arranjar um Dojo para a NKK.
A lição mais importante que ele nos ensinou está expressa na história do modo como ele passou pelo Dojo principal de Jigoro Kano, o fundador do Judo. Caminhando pela rua, ele parou e fez uma pequena prece quando passou pelo Kodokan. E, se estivesse a conduzir um carro, tirava o seu chapéu quando passasse pelo Kodokan. Os seus alunos não entenderam porque ele estaria a rezar pelo sucesso do Judo. Ele explicou: "Eu não estou a rezar pelo Judo. Eu estou a oferecer uma prece em respeito ao espírito de Jigoro Kano. Sem ele, eu não estaria aqui hoje".
Gichin Funakoshi, o "Pai do Karate Moderno", morreu em 26 de Abril de 1957.
No seu túmulo negro, em forma de cruz, estão as palavras "Karate Ni Sente Nashi" (No Karate não existe atitude ofensiva).
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